25.11.2017 -
Todas as religiões são iguais, pelo menos no essencial? Deus, ou a procura de Deus, estará agindo igualmente em todas, embora de formas diversas, por vias culturalmente diferentes?
Se a resposta for NÃO, está de acordo com as Sagradas Escrituras e com o que a Igreja Católica sempre ensinaram a respeito.
Mas se for SIM, tirar-se-iam diversas consequências. Por exemplo, a respeito do ecumenismo, do igualitarismo laicista e do culto religioso a Satanás.
Em 2001 o assunto chegou à Suprema Corte americana, que autorizou grupos religiosos oferecerem cursos extracurriculares a alunos da rede pública.
Essa facilidade vinha sendo aproveitada por católicos e evangélicos.
Mas agora a “igreja do Templo Satanista” reivindicou também o direito, pois seria mais uma crença igual às demais.
Seu símbolo de campanha para obter o reconhecimento do “direito” é um lápis escolar de três pontas, simulando um tridente.
Os cultuadores do príncipe das trevas querem aproveitar a legislação para “oferecer uma alternativa a crianças e pais”. E, de cambulhada, questionar a legitimidade dos cursos cristãos na rede de ensino infantil!
“Se cursos religiosos são permitidos nas escolas, nós queremos espalhar nossos clubes por toda a nação para garantir que múltiplos pontos de vista estejam representados”, disse à BBC Brasil Chalice Blythe, diretora nacional do “Programa Satã depois da escola” (After School Satan Program), do Templo Satânico dos EUA.
Para a campanha pró-Lúcifer, os membros dessa “igreja” montaram um vídeo com áudio invertido e imagens de crianças com aranhas, bodes com longos chifres e outros símbolos satânicos, para “divertir” os estudantes enquanto eles são iniciados nas práticas obscuras do satanismo.
Um livro de colorir estimula as crianças a “ligar os pontos para formarem um pentagrama invertido”, símbolo classicamente associado ao reino de Satanás.
A Sociedade Americana de Defesa da Tradição, Família e Propriedade – TFP reagiu, classificando o projeto de “sacrilégio” e convocando os fiéis a exigir “o retorno da moral cristã”.
“Precisamos frear a popularidade do satanismo”, destacou a entidade, endossando uma onda de abaixo-assinados criados por igrejas para proibir cursos satânicos para crianças.
O Templo Satânico tem forte atuação em redes sociais, onde diz reunir mais de 100 mil seguidores em 13 Estados americanos. O número é discutível, sobretudo quando provém de seguidores do “pai da mentira”.
A popularidade desse culto às trevas cresce naturalmente entre ateus e ativistas políticos dos EUA, e também de outros países. E neste ponto talvez não estejam fantasiando tanto.
“Precisamos de uma filial do templo no Brasil”, escreveu um morador do Rio de Janeiro na página do grupo satanista no Facebook.
O Templo Satânico alega em seu favor o princípio-base do falso “ecumenismo”: “o Templo Satânico é uma religião igual a qualquer outra”, responde a satanista Blythe, em entrevista à BBC Brasil.
“Satanás é um símbolo do eterno rebelde em oposição à autoridade arbitrária”, responde. “Satanás é o herege que questiona as leis sagradas e rejeita todas as imposições tirânicas”.
No tempo em que Lutero é tratado pelas altas autoridades vaticanas responsáveis do ecumenismo como um reformador e precursor das atuais transformações “pós-conciliares”, o argumento torto entra como mão na luva.
O templo satânico inclui a instalação de monumentos dedicados a Satanás ao lado de estátuas cristãs erigidas em locais públicos, bem como intervenções não raramente provocativas em procissões religiosas.
Imagine-se uma dessas junto ou perto do Cristo Redentor! Poderia haver pior ofensa?
Mas o “Projeto Satã depois da escola” não fica por aí. Ele visa “‘vacinar’ as crianças contra qualquer forma de cristianismo”, segundo a fonte informativa.
À BBC Brasil, a porta-voz do Templo Satânico afirmou que os cursos infantis não propõem à devoção do diabo, mas “uma visão de mundo científica, racionalista e não supersticiosa”, como alternativa aos dogmas do ensino cristão.
É uma velha formula para levar ao ateísmo e deixar a um passo do culto ao demônio. O laicismo – como explicou o bispo emérito de Isernia-Venafro, D. Andrea Gemma – é uma porta por onde o demônio toma posse das almas e da sociedade.
A suposição de que todas as religiões têm um fundo comum igual se revela então uma enganação que favorece a possessão diabólica.
No fundo do falso “ecumenismo” há um encontro com Satanás.
Fonte: ipco.org.br
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