03.04.2017 -
Todas as classes de nossa sociedade que trabalham irmanadas pela grandeza do Brasil de amanhã sentem-se perplexas diante das ameaças que hoje pairam sobre os nossos campos e cidades. E também sobre as nossas famílias e os costumes cristãos que herdamos de nossos antepassados.
Com efeito, o Brasil católico, o Brasil de Nóbrega e de Anchieta, o Brasil de Nossa Senhora Aparecida, enfrenta a agressão do anti-Brasil da desordem, dos partidos e das organizações de esquerda, da revolução social, enfim, do comunismo.
Quem vencerá? O Brasil ou o anti-Brasil? A resposta está com o leitor, pois o nosso futuro depende mais do que nunca de cada brasileiro. Se nos deixarmos arrastar pelo desânimo, pela inércia, ou mesmo pelas mentiras dos inimigos da esquerda, seja ela laica ou pretensamente “católica”, o futuro que nos espreita poderá ser sombrio.
Onde teria se ocultado o comunismo? De que forma ele nos ameaça?
Aonde nos quer levar? A grande preocupação atual do brasileiro é a enorme onda de corrupção, revelada em boa parte pela operação Lava Jato.
Orquestrada em larguíssima medida por expoentes do Partido dos Trabalhadores em conluio com grandes empresários em busca de vantagens, essa corrupção é responsável pela alarmante situação em que nos encontramos, sendo compreensível que nossa atenção se volte para ela.
Precisamos, contudo, tomar cuidado para não focarmos apenas nela e nos esquecermos de que há toda uma agenda ideológica de esquerda representando ameaça muitíssimo mais grave do que a corrupção política. Por mais que se diga que o comunismo morreu, ele ainda constitui um perigo para o Brasil.
Suas fantasias e práticas continuam vivas no PT, nos partidos de esquerda, em certas ONGs, em certa mídia, em certas universidades. Mas igualmente em certos cenáculos da CNBB, como o Conselho Missionário Indigenista (CIMI), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e organizações semelhantes.
É a fermentação vermelha que borbulha, ora com a “ideologia de gênero”, ora com o aborto, ora com a ofensiva homossexual, ora com a agitação indigenista, ora com o ambientalismo ecológico irracional, ora com as invasões de terrenos urbanos e rurais, sempre combatendo a família e a propriedade privada, esteios da Nação, e levando adiante sua cega e unilateral política de “direitos humanos” entre outras.
Se não ficarmos atentos a essa sutil fermentação comunistizante, o socialismo petista poderá retomar ainda com mais força as rédeas do poder, pois apoios – sobretudo de eclesiásticos, artistas e intelectuais de esquerda, bem como de certa mídia – nunca lhe faltam.
Não permitamos que lobos revestidos com pele de ovelha possam desviar o nosso imenso e querido Brasil de sua vocação de grandeza cristã. As agitações e passeatas que procuram galvanizar a favor das esquerdas o descontentamento em relação à reforma da Previdência são prova disso e despertam preocupação.
Se os bons católicos e os bons brasileiros souberem discernir o inimigo entocado e o que ele trama, e, sobretudo, se souberem reagir com ideias claras contra ele, o Brasil nada terá a temer. Ao apresentar aqui algumas sugestões e pontos de reflexão, o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira não tem qualquer intuito político-partidário.
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Não vamos propor nomes de pessoas, de partidos ou de panaceias políticas. Seriam todas sugestões simplistas, além de efêmeras. Não é preciso reinventar a roda. O que se faz necessário é voltar ao bom senso e aos princípios básicos da civilização cristã, corroídos anos a fio pela pauta petista.
Nossa proposta é que figuras representativas da sociedade brasileira, de entidades de classes “não alinhadas”, e, sobretudo, da parte não alinhada do Episcopado – que até o momento vem se mantendo silenciosa – concorram para que os rumos do País sejam decididos sem o clima de agitação e demagogia.
Essa corrosão, a nosso ver, vem representando a própria causa dos males que hoje nos afligem e dos quais queremos nos ver livres. Eis algumas sugestões que traduzirão na prática nossa linha de pensamento e ação:
Respeito à vida desde a concepção até a morte natural, e não à descriminalização aborto.
Respeito à família como foi constituída por Deus, isto é, pelo casamento de um homem e uma mulher, como está estabelecido em nossa Constituição.
Respeito ao mais inalienável direito dos pais, que é a educação dos próprios filhos, e a rejeição total da “ideologia de gênero”.
Respeito à livre iniciativa, pois tendo sido o homem criado à imagem e semelhança de Deus, é livre e inteligente. A não observância desse direito inibe a capacidade criativa de um povo.
Respeito ao direito à propriedade privada, garantia da liberdade, e fim das invasões rurais ou urbanas.
Respeito ao direito natural de legítima defesa e abolição das restrições à posse e ao porte legal de armas, como foi manifestado por 64% dos brasileiros quando do referendo que visava nos impor o desarmamento.
Levar adiante – prudente e implacavelmente – o combate à corrupção que vem saqueando a Não nos últimos tempos.
Redução do tamanho do Estado às reais necessidades da Nação e consequente redução do insuportável fardo tributário que pesa sobre os brasileiros.
Radical simplificação da atual legislação trabalhista, fonte de tanta desarmonia entre patrões e empregados.
Valorização das Forças Armadas e Policiais militares e civis como guardiãs da Nação. No seu prestígio e na sua eficiência repousam a paz social e a segurança interna e externa de nossa Pátria.
CONCLUSÃO
Apelo para que a bondade cristã continue a prevalecer no Brasil
O nosso povo sempre foi conhecido como afetivo, ordeiro e pacífico. Tal feitio lhe advém da tradição profundamente cristã, constituindo nobre obstáculo às leveduras revolucionárias do socialismo e do comunismo. É por isto que as forças da desagregação se empenham em criar a ilusão do contrário, ou seja, de uma população agressiva e revoltada.
Daí o nosso apelo para que o Brasil bondoso, o Brasil afetivo, o Brasil cristão continue idêntico a si mesmo, e não se deixe arrastar pelas solicitações da violência, seja física ou moral. Nós, brasileiros, não somos afeitos à revolta e à subversão, ao contrário do que fazem acreditar os agitadores.
Por mais razões que tenhamos para estar descontentes, procuremos sempre resolver os problemas dentro da paz cristã que Santo Agostinho definiu como sendo a tranquilidade da ordem. O nosso povo tem bastante consciência de nossas potencialidades e de que um trabalho empreendedor e confiante poderá tornar o Brasil um país exponencial do século XXI.
Trabalho que exige esforço árduo e ânimo forte. Mas não foi assim que os nossos antepassados dilataram as nossas fronteiras e começaram a extrair da terra os recursos com que hoje vivemos? E quando galgaram serras, adentraram florestas, atravessaram rios e transpuseram pântanos eles não dispunham das comodidades modernas.
Por que não recobrar essa fibra, essa força de alma que nasce da Fé católica que nos foi legada? Não será, pois, com revoluções mortíferas, dissensões internas, tensões estéreis entre irmãos que haveremos de aproveitar as vastidões ainda inexploradas de nosso território.
Mas é com espírito empreendedor, ordeiro e cheio de Fé que poderemos alcançar de Deus, por intermédio de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, a nossa grandeza cristã nas novas etapas históricas que se aproximam. É para essa obra árdua, mas grandiosa, que convidamos todos os brasileiros.
Fonte: http://ipco.org.br via www.rainhamaria.com.br
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