29.08.2016 - Hora desta Atualização - 10h33
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Na cidade só restam escombros e a porta arrombada está em pedaços...
Porque as comportas do alto se abrem e os fundamentos da terra tremem. A terra se quebra, a terra é abalada violentamente, a terra é fortemente sacudida. A terra cambaleia como um bêbado, é agitada como uma cabana. Sua rebelião pesa sobre ela, ela cairá e já não se levantará". (Isaías 24, 12 e 18-20)
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O Padre Cassian Folsom é o prior do Mosteiro de São Bento, em Núrcia, e fundador da comunidade de monges beneditinos, disse: Dia 24 de Agosto era a festa de São Bartolomeu, o que significava que rezaríamos Matinas às 3:45 da manhã. Cerca das 3:30 – quando já estavam todos em pé, graças a Deus – o terremoto atingiu-nos. Já havíamos experimentado tremores de terra nestes 16 anos que vivemos em Núrcia, mas nada como isto.
É uma experiência muito assustadora ouvir o ranger da terra e sentir os edifícios balançar para um lado e para o outro. Todos nós tivemos a presença de espírito para sair imediatamente e reunir num lugar aberto – a praça em frente ao mosteiro. (Veja foto abaixo) Aí juntamo-nos uns aos outros, ao frio, enquanto tremores sucessivos faziam com que o pavimento de pedra ondulasse debaixo dos nossos pés. Os monges e moradores da cidade reuniram-se instintivamente em torno da estátua de São Bento, que está localizada no centro da praça. Os monges rezavam o Terço juntos e muitos dos habitantes da cidade juntaram-se. Agradecemos sinceramente a Deus por as nossas vidas terem sido poupadas.
Do outro lado das montanhas, em Accumoli e Amatrice, o terramoto demoliu as cidades, deixando um rasto de morte e destruição. Lamentamos a trágica morte dessas pessoas, e choramos pelos seus parentes e amigos. Na verdade, como diz a Escritura: “Deus não é o autor da morte nem se compraz com a destruição dos vivos.” (Sabedoria 1, 13). Especialmente grave é a morte súbita, porque não há tempo para se preparar. É por isso que São Bento ordenava aos seus monges para “manter a morte diária diante dos seus olhos”. Isto quer dizer que devemos estar sempre preparados, mesmo para uma morte violenta e repentina que vem de forma inesperada no escuro da noite.
A destruição em Núrcia é grave. Não houve apenas um terremoto, mas vários, com tremores de terra contínuos mesmo enquanto escrevo estas linhas (48 horas depois). No mosteiro há uma série de danos superficiais, que são bastante fáceis de reparar, mas tivemos também danos estruturais, o que é muito mais grave. O oficial da Proteção Civil, que veio fazer uma inspeção de emergência na primeira tarde, pediu-nos para sairmos do edifício, porque algumas partes foram consideradas inseguras. Os tremores subsequentes contribuíram ainda mais para os danos.
A basílica de São Bento foi gravemente atingida. A parede atrás do altar de São Bento cedeu e saíram várias pedras no meio do estuque. Se um monge estivesse a oferecer Missa naquele altar, como acontece muitas vezes no início da manhã, teria morrido. A fachada separou-se do corpo da igreja. Nós ainda não sabemos como ficaram os nossos projetos de restauração, nos quais investimos muito trabalho e tantos recursos! A igreja está fechada, e vai demorar meses, até um ano, para reparar.
Claro, a realidade é que vivemos em uma zona sísmica. Algumas pessoas têm furacões, tornados, tufões – nós temos terramotos. Há duas possíveis atitudes diante deste facto. Um deles é uma espécie de resignação monótona. O outro é confiar tudo à providência de Deus.
Os monges fazem um voto de estabilidade. Um dos frutos desse voto é o que chamamos “amor ao lugar”. Nós amamos este lugar. E vamos reconstruí-lo.
Há uma interpretação espiritual que podemos dar ao ‘terremoto São Bartolomeu de 2016’. Vem-me à mente uma antífona da Páscoa: “Ecce terraemotus magnus factus est …” (Eis que houve um grande tremor de terra). A antífona refere-se à reação da Criação perante a Ressurreição de Cristo. Nós também iremos ressuscitar no final dos tempos, quando o Senhor vier para julgar os vivos e os mortos. Costumava ser comum meditar-se sobre as últimas coisas (novíssimos): morte, juízo, Céu, inferno. seria bom para meditar sobre eles novamente.
A Basílica de São Bento e o altar do santo foram gravemente danificados.
A cultura Católica da civilização ocidental está em colapso. Podemos vê-lo diante dos nossos olhos. O segundo símbolo é a reunião das pessoas ao redor da estátua de São Bento na praça, para rezar. Essa é a única maneira de reconstruir.
O Padre Cassian Folsom é o prior do Mosteiro de S. Bento, em Núrcia, e fundador da comunidade de monges beneditinos que aí vive desde o ano 2000. Usam o rito monástico antigo. São talvez a comunidade mais jovem do mundo, com uma média de idades de 34 anos, e até à data não param de aparecer vocações.
Fonte: Veritatis Catholicus
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Nota de www.rainhamaria.com.br
A foto é de uma matéria da BBC e foi tirada em Pescara del Tronto, uma das cidades afetadas pelo terremoto de magnitude 6.2 graus.
Uma imagem assim não pode passar despercebida. Sempre nesse tipo de catástrofe natural encontramos esses sinais. Sua Mãe amorosa intercede por todos os que sofrem. Fonte: BBC e fratresinunum.com
Diz na Sagrada Escritura:
"Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis". (São Mateus 19, 26)
"Numa só palavra de Deus compreendi duas coisas: a Deus pertence o poder". (Salmos 61, 12)
"A palavra de Deus faz calar o vento; só com o seu pensar apazigua o abismo, no meio do qual o Senhor plantou as ilhas". (Eclesiástico 43, 25)
"Quem entre os deuses é semelhante a vós, Senhor? Quem é semelhante a vós, glorioso por vossa santidade, temível por vossos feitos dignos de louvor, e que operais prodígios?" (Êxodo 15, 11)
"Oh! como são grandes seus milagres e como são poderosos seus prodígios! Seu reinado é um reinado eterno, e sua dominação perdura de geração em geração". (Daniel 3, 100)
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