13.01.2014 -
A pedido do Diário Catarinense, um laboratório testou a água de Florianópolis em cinco pontos da cidade e constatou valores de alumínio acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. No centro, em Coqueiros, no Continente, e no Rio Tavares, no Sul, o valor é quase três vezes acima do permitido. Os bairros Barra da Lagoa, no Leste, e Ingleses, no Norte, também fizeram parte do estudo.
Pesquisas ainda em andamento investigam as relações do produto com o surgimento de doenças como depressão, Parkinson e Alzheimer.
As irregularidades da água são a conclusão de um trabalho feito pelo QMC Laboratório de Análises, credenciado à Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina (Agesan). De acordo com a bíoquimica do Laboratório Municipal de Florianópolis Eliana Maria de Almeida, o alumínio é um metal pesado de efeito cumulativo incorporado aos órgãos do corpo humano.
O presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Afonso Veiga Filho explica que as alterações nos níveis de alumínio da água não costumam ser comuns nas cidades brasileiras.
— O produto é usado no tratamento da água, pois o sulfato de alumínio auxilia na coagulação dos materiais em suspensão, para separar as impurezas presentes na água. Se o problema for eventual, não chega a acarretar problemas maiores — explica.
Insuficiência de cloro também é apontada pelo estudo
O relatório encomendado pelo DC apontou irregularidades nos níveis de cloro em dois bairros da capital catarinense. Na Barra da Lagoa, no Leste, a concentração é de menos da metade do exigido por lei (0,07mg por litro, quando o MS estabele o mínimo de 0,2mg). No Rio Tavares, no Sul, a concentração é de 0,17mg.
O engenheiro sanitarista Rodrigo Fagonde Motta chama atenção para a contribuição do cloro abaixo do recomendado para o surgimento de enfermidades como o hipotiroidismo, aumento de peso e fadiga.
Fonte: Diário Catarinense
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