Vírus que sequestra PC deve se tornar mais popular no ano que vem, diz Symantec


13.11.2012 -  As infecções de computadores por parte de programas conhecidos como "ransomware", que bloqueiam o uso da máquina e solicita um pagamento para a liberação, devem aumentar no ano que vem, segundo um estudo recente da empresa de segurança Norton/Symantec.

"Esse tipo de ameaça, em que criminosos dizem ser a polícia ou outra instituição oficial e exigem quantias que giram entre US$ 100 e US$ 200, vai se tornar muito mais amplamente usado", disse à Folha Kevin Haley, diretor de produto da Symantec.

Haley foi o responsável pela edição atual do estudo, cujos esforços consistem em indicar as tendências do cibercrime para o ano seguinte.

Ele diz que, apesar de o golpe ser relativamente antigo, vem apresentando aumento no número de ocorrências de forma rápida, em especial na Alemanha, nos EUA, na Rússia e no Leste Europeu por ser mais lucrativo que outras formas de cibercrime.

No Brasil, o especialista diz que infecções de PCs por parte de software do tipo ainda são raras. "Mas vemos uma adaptação para diferentes localidades cada vez maior, e o Brasil também deve ver o 'ransomware' crescer em 2013."

PEGUEI VOCÊ

Os vírus do tipo "ransomware" (em inglês, "ransom" significa "resgate") são normalmente encaixados na categoria "scareware", que usa o medo como método de extorsão. A Microsoft mantém uma "[página"] em que explica o conceito, em português.

O método de infecção mais comum é por meio de arquivos baixados de sites de compartilhamento de arquivo ou de pornografia, já que os criminosos usam o pretexto de ter flagrado o internauta em uma atividade ilícita, tornando-os vulneráveis para um eventual pagamento.

Os autores de tal tipo de ataque não podem usar o cartão de crédito de uma vítima para conseguir o dinheiro, diz Haley, porque esse processo viabiliza um rastreamento policial. Em vez disso, usam sistemas de cobrança por mensagens SMS.

SOLUÇÃO

O processo de contaminação do PC por um "ransomware" é comumente reversível por meio de antivírus, em varreduras enquanto o computador se encontra no chamado modo de segurança.

Para máquinas que carecem de software antivírus instalado ou capaz de fazer tal tipo de escaneamento, é necessário o uso de um disco de boot para reverter a infecção.

Uma formatação também pode resolver o problema, mas elimina todos os dados do disco.

CIBERGUERRA

Entre as previsões da Symantec para o ano seguinte, os conflitos cibernéticos entre países, envolvendo espionagem, devem se tornar regra, com poucas nações se abstendo desse tipo de atividade --"ainda que isso vá permanecer não admitido".

O estudo diz, ainda, que a popularização da computação em nuvem e as transformações pelas quais passam as redes sociais --em função de gerarem mais lucro-- oferecem perigo aos internautas, pois abrem portas ainda pouco conhecidas à atividade de criminosos.

Fonte: Folha SP

=================================================

Leia também..

Especialistas temem guerra cibernética no futuro. Consequências de um novo tipo de conflito

Vírus Stuxnet pode marcar início da ciberguerra, dizem especialistas

Vem aí a 1ª guerra mundial digital: Nosso futuro poderá ser sombrio

 


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne